O mercado audiovisual nunca esteve tão pulsante, tanto para quem produz quanto para quem consome vídeos. As novas tecnologias facilitaram o acesso a técnicas de captação, edição e finalização de produtos em vídeo e áudio. Os meios de transmissão destes conteúdos estão mais diversos, não mais restritos a salas de exibição ou centros culturais. Na outra ponta, os consumidores estão ávidos por narrativas visuais interessantes que possam ser assistidas sob demanda, em qualquer lugar. A internet permitiu esse novo comportamento. O usuário tem direito de escolha sobre o que assistir e onde assistir. Sites pagos como Netflix, Apple TV permitem ao consumidor essa liberdade. Sites gratuitos com patrocinadores também são cada vez mais frequentes. Marlise Brenol e Tadeu Vilani de Zero Hora vão falar sobre o panorama desta nova realidade e como funciona a produção de documentários na redação do jornal Zero Hora
Desde que os jornais impressos enveredaram pela digitalização dos conteúdos, os jornalistas buscam novas formas de contar histórias e produzir sentido para os conteúdos. O que faz uma boa grande reportagem no papel faz também um documentário: uma grande história, boa fotografia, texto e uma edição precisa. A diferença está na espinha dorsal que conduz a narrativa. No offline a palavra guia a história e no documentário é a informação visual. O documentário mescla a linguagem audiovisual do cinema e do jornalismo. Neste ano, o jornal Zero Hora lançou um canal de vídeo focado em videodocumentários, programetes diários e vídeos de registros documentais rápidos dos fatos do dia.
Tadeu Vilani e Marlise Brenol
Tadeu Vilani é fotojornalista e atua na profissão desde 1996, quando começou na sucursal de ZH na região das Missões. Iniciou a carreira em Santo Ângelo e cinco anos depois passou para Passo Fundo, onde trabalhou de 2001 até 2008 na sucursal da Zero Hora. De lá foi transferido para a redação de Zero Hora (RS) em Porto Alegre onde trabalha até hoje. O ensaio TV P&B venceu, em 2009, o Prêmio Conrado Wessel de Fotografia. No ensaio, o fotógrafo retratou a retirada de moradores de uma favela próxima ao aeroporto Salgado Filho, na capital gaúcha, onde interagiam com restos de molduras de televisões velhas em preto e branco.
Já o ensaio Molduras, sobre a transferência de moradores da Vila Dique, uma comunidade que fica próximo ao Aeroporto Salgado Filho, em Porto Alegre, venceu o concurso de fotografia Prix Photo Web Aliança Francesa, promovido pela Aliança Francesa do Brasil e a Câmara de Comércio França-Brasil. A reportagem A face gaúcha da miséria venceu em 2011 o Prêmio ARI de Jornalismo, na categoria fotojornalismo. Junto com o repórter Itamar Melo, mergulhou durante uma semana nas regiões mais pobres do Estado do Rio Grande do Sul, com a missão de retratar os gaúchos que vivem com quase nada.
Marlise Brenol é jornalista e atua no mercado de comunicação desde 2001, quando começou a carreira como repórter, primeiro da BandTV-RS e depois da RBSTV/TVCOM. Na televisão ganhou dois prêmios de reportagem. A reportagem Na Boleia que abordou a vida de caminhoneiro no Rio Grande do Sul e as dificuldades de infraestrutura de rodovias recebeu o Grande Prêmio Setcergs de jornalismo. Outro prêmio foi por um flagrante de salvamento na Praia dos Molhes, em Torres, premiado com o primeiro lugar no concurso da Operação Golfinho. Em 2007, Marlise começou a trabalhar como editora de jornalismo digital multimídia na redação de Zero Hora. Em 2012, assumiu o desafio de criar um canal de vídeos. ZHTV foi lançado em junho de 2013 e possui uma programação semanal de seis vídeos, além de vídeodocumentários produzidos pela equipe de repórteres e fotógrafos. Neste ano, dirigiu o seu primeiro curta, chamado Por Aí, uma adaptação das histórias da jornalista Mariana Kalil para a ficção em vídeo.
Oi pessoal, os filmes selecionados serão divulgados quando?
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